Projeto Nísia

Desenvolvida e criada por Freud, essa teoria busca descrever as causas dos transtornos mentais, o desenvolvimento humano, sua personalidade e motivações. De acordo com ele, o ser humano funciona por meio de duas pulsões inatas, a sexual e a de morte.

Por se oporem ao ideal da sociedade, precisam ser controladas por meio da educação, e a função da sociedade em meio a isso aparece como a de amansar essas tendências naturais, de forma que a energia gerada por esses impulsos não sejam liberados de maneira direta.

Freud desenvolve toda a sua explicação pelos níveis de consciência, pelo modelo estrutural de personalidade, mecanismos de defesa e as fases do desenvolvimento psicossexual. Durante todo o século XX influenciou grande parte do pensamento psicoterapêutico, além de acentuar a importância dos primeiros anos de vida para o desenvolvimento do indivíduo.

Essa é a abordagem busca estimular o próprio paciente a ter seus insights, ou seja, que ele mesmo compreenda o que está acontecendo consigo e quais vias ele pode usar para se modificar e sair desse problema.

As interpretações feitas pelo psicanalista durante a sessão propiciam autoconhecimento e transformação gradual dos sintomas. É importante também salientar que essa é uma técnica não diretiva, ou seja, o analista não sugere que o paciente faça isto ou aquilo. A análise acontece a partir das associações do paciente.

A proposta da ACT é promover a flexibilidade psicológica na forma como lidamos com nossos pensamentos e emoções para que consigamos nos engajar em comportamentos alinhados com nossos valores de vida.

É impossível construir uma vida humana sem dor, enfrentamos perdas , perturbações inesperadas e experiências fisicamente dolorosas. Ao passar por estes eventos tendemos a refletir, analisar, prever e ruminar sobre eles e, por meio desse processo, amplificamos nosso sofrimento e o trazemos conosco.

Quando ocorrem eventos que nos colocam em contato com emoções e pensamentos difíceis, geralmente trabalhamos duro para nos livrar dessas experiências, tentando evitar o evento que as desencadeou e tentando remover as emoções e os pensamentos avaliados negativamente.

Tendemos a usar estratégias que até podem funcionar a curto prazo, como comida, compras, jogos, sexo, álcool, drogas, entre outros, mas que a longo prazo nos afastam de uma vida valoroza e significativa.

Muitas vezes, a vida vivida em busca de “se sentir bem” não está a serviço de nossos valores mais profundos. Fazer o que é importante ou o que importa, muitas vezes é doloroso, ou pelo menos cria uma sensação de vulnerabilidade – precisamente porque o cuidado mostra onde podemos ser, e frequentemente fomos, feridos.

O mundo simplesmente parece ocorrer como nós o percebemos. Nem sempre percebemos que isso é resultado de uma mistura da experiência direta e pensamentos.

Pensamentos são como lentes através das quais enxergamos nosso mundo. Todos nós temos uma tendência a nos apegar a nossas lentes pessoais e a permitir que elas nos ditem como interpretamos nossas experiências e determinem quem pensamos ser.

Libertar-se das ilusões da linguagem e se tornar mais consciente das muitas lentes verbais que surgem todos os dias, possibilita perceber que elas podem estar presentes, mas, ainda assim, não te definir. É possível olhar para sua dor, em vez de ver o mundo do ponto de vista dela. Quando você fizer isso, descobrirá que há muitas outras coisas valorosas que podem ser feitas no momento presente, além de tentar controlar seu conteúdo psicológico.