O Projeto Nísia nasceu do encontro de cinco mulheres que observaram na prática clínica e também na vida pessoal, as demandas e dificuldades enfrentadas no dia a dia da vida das mulheres que elevaram a ansiedade, depressão, estresse, sobrecarga no trabalho, limitação devido ao gênero, suicídio e automutilação, racismo, violência, estigmas e medicalização, crise da Covid-19, entre outros.

O nome do projeto foi inspirado em Nísia Floresta Brasileira Augusta, pseudônimo de Dionísia Gonçalves Pinto (1810-1885), educadora, escritora e poetisa, considerada a primeira feminista brasileira. Nísia Floresta entendia as mulheres como importantes figuras sociais, dotadas de uma identidade fundamental para o crescimento das sociedades.

Em 1828, Nísia abriu uma escola para meninas e passou a ensinar gramática, escrita e leitura do português, francês e italiano, ciências naturais e sociais, matemática, música e dança às meninas, contrariando os costumes da época, no qual só lhes eram ensinadas a costurar, os cuidados com o lar, as boas maneiras e as virtudes morais de uma boa mãe e esposa.